segunda-feira, 15 de novembro de 2010

ESPERANDO

o ícone de Jesus e a vela
me espreitam solenes
sobre a alvura do pano

vozes povoam o espaço
alguém sugere silêncio
um inseto voa perto de mim

há uma espera ansiosa
um desejo incontido de bem-aventurança
há expectativas (e as vozes se vão)

o ponteiro dos segundos dá voltas
e voltas (o tempo caminha)
uma interrogação perpassa os olhos das gentes

Deus se agrada de que o silêncio venha
e povoe o espaço antes pleno de vozes
há um retocar na alma das gentes

- que venha (finalmente) o monge -

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