há uma criança nascendo
à beira de um largo rio
uma criança está vindo
quase no fim de novembro
há o florescer do momento
em que floresce o sorriso
de uma criança (tão vivo)
não aprisionado ao tempo
pois que o sorriso está sendo
antes de ele haver nascido
esse é um sorriso divino
cheio de contentamento
vem bailando ao som do vento
ao som do seu assovio
sorri pra mim que o persigo
já me anula o sofrimento
por onde eu vou vai comigo
me faz feliz me faz pleno
terça-feira, 29 de novembro de 2016
INSONE
os gatos dormem
os cachorros dormem
os pássaos dormem
todos os passarinhos dormem
dormem as plantas
dormem as pedras o seu sono de pedra
mas João não dorme
e insone se lamenta da sorte
por que é que os gatos dormem
os cachorros os pássaros dormem?
por que é que todos os passarinhos
e as plantas e as pedras dormem?
por que é que João não dorme
e insone se lamenta da sorte
Deus o Amor que também não dorme
não se lamenta da sorte
mas João vai distante do Amor
então João não dome e se lamenta da sorte
os cachorros dormem
os pássaos dormem
todos os passarinhos dormem
dormem as plantas
dormem as pedras o seu sono de pedra
mas João não dorme
e insone se lamenta da sorte
por que é que os gatos dormem
os cachorros os pássaros dormem?
por que é que todos os passarinhos
e as plantas e as pedras dormem?
por que é que João não dorme
e insone se lamenta da sorte
Deus o Amor que também não dorme
não se lamenta da sorte
mas João vai distante do Amor
então João não dome e se lamenta da sorte
sábado, 12 de novembro de 2016
AS FACES DE DEUS
AS FACES DE DEUS
é Deus em todas as faces
nas múltiplas faces que há é Deus
na face dos anjos e dos santos
na face do mendigo que implora comida é Deus
é Deus que implora comida na face do mendigo
é Deus em todas as faces
nas múltiplas faces que há é Deus
na face dos anjos e dos santos
na face do mendigo que implora comida é Deus
é Deus que implora comida na face do mendigo
é Deus na face das flores com seus rostos fragrância
na face do ventos (na transparência dos ventos)
na face do sol indo e vindo nos dias
é Deus nas faces (nas quatro faces) da lua
na face do ventos (na transparência dos ventos)
na face do sol indo e vindo nos dias
é Deus nas faces (nas quatro faces) da lua
é Deus em todas as faces
há todas as faces na face de Deus
na face dos que choram
há Deus que chora na face dos que choram
é possível senti-Lo nos que choram
achegar-se a Deus: devolver-Lhe a alegria
(vou enxugar a lágrima de Deus)
há todas as faces na face de Deus
na face dos que choram
há Deus que chora na face dos que choram
é possível senti-Lo nos que choram
achegar-se a Deus: devolver-Lhe a alegria
(vou enxugar a lágrima de Deus)
na escuridão do medo (só aí) eu sei
só aí (na face escura do medo) não é Deu
só aí (na face escura do medo) não é Deu
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
RECORDAÇÃO DO PRESENTE
havia um fosso: foi transposto o fosso
a minha mão pousava em tua mão
o coração falava ao coração
o meu e o teu davam lugar ao nosso
havia uma avenida e o caminhar
o nosso caminhar pela avenida
um claro azul no céu: havia a vida
à destra carros e à esquerda o mar
dentro de mim como antes não coubera
havia o sentimento da alegria
em ti o mesmo sentimento havia
havia o dia três na primavera
grávido assim de luz e amor sem fim
algo havia de eterno no momento
havia os nossos passos contra o vento
havia abismos de ternura em mim
a cessação de todo sofrimento
em nosso olhar havia o nosso sim
a minha mão pousava em tua mão
o coração falava ao coração
o meu e o teu davam lugar ao nosso
havia uma avenida e o caminhar
o nosso caminhar pela avenida
um claro azul no céu: havia a vida
à destra carros e à esquerda o mar
dentro de mim como antes não coubera
havia o sentimento da alegria
em ti o mesmo sentimento havia
havia o dia três na primavera
grávido assim de luz e amor sem fim
algo havia de eterno no momento
havia os nossos passos contra o vento
havia abismos de ternura em mim
a cessação de todo sofrimento
em nosso olhar havia o nosso sim
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