domingo, 29 de maio de 2011

ESWARAMARIA

Eswaramaria Eswaramaria
ó doce Mãe de Sai
ó doce Mãe de Cristo
és Mãe de Deus e minha

feliz por ser Teu filho
que eu passe pela vida
aos meus irmãos servindo
num gesto num sorriso

Eswaramaria Eswaramaria
ó doce Mãe de Sai
ó doce Mãe de Cristo
és Mãe de Deus e minha

conforta-me se o espinho
da dor ferir-me um dia
Teu nome ( ó Mãe) me anima
é mais pura poesia

Eswaramaria Eswaramaria
ó doce Mãe de Sai
ó doce Mãe de Cristo
és Mãe de Deus e minha

me conduz ao caminho
do Teu Divino Filho
e o Teu amor (Mãezinha)
me envolva na Alegria

Eswaramaria Eswaramaria
ó doce Mãe de Sai
ó doce Mãe de Cristo
és Mãe de Deus e minha

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O QUE É

imaginemos um mundo em que não haja ódio
não haja miséria e não haja opulência
não haja rixas discussões nas praças briga nas calçadas
imaginemos um mundo em que não haja angústia e medo
imaginemos um mundo claro como as manhãs ensolaradas
sereno como as águas de um lago azulzinho
em que as pessoas vivam umas para as outras
numa celebração constante e brinquem felizes
imaginemos um mundo sem dores e euforia

esse mundo é real e está dentro de nós
dele não se diga ei-lo acolá
porque em verdade está dentro de nós
intacto eterno incorruptível
nós é que somos bobinhos e o procuramos fora
e então (decepcionados) dizemos que Deus não existe

segunda-feira, 23 de maio de 2011

DERRADEIRA DÁDIVA

eu era João (o Seu menino amado)
a humanidade inteira era João

eu olhava Jesus crucificado
o sangue a Lhe escorrer do coração

eu ouvia o clamor do Abandonado
mas eu ali O abandonava não

a mim e à Mãe Jesus da cruz nos via
e disse à Mãe: " mulher eis o Teu filho"

havia nos Seus olhos todo o brilho
brilho de um Deus nas vascas da agonia

em meio aos infortúnios da paixão
em meio aos sofrimentos do calvário
"eis tua Mãe" Jesus me diz então

a dor se faz então doce alegria
eu guardo a dor em suave relicário

e enquanto Deus ali na cruz morria
eu recebo de Deus o Seu sacrário
imaculado (a Virgem-Mãe Maria)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PALAVRAS DE AMOR

as palavras de Swaminho (o meu Amado)
comovem minha alma
que verte lágrimas de gáudio
lágrimas de gozo
quando elas (as palavras do Amado)
regam de Amor minha alma

as palavras de Swaminho
(deixem-me que O chame assim
com esse carinho de filho)
ainda agora me fizeram chorar
banharam meu coração no Amor
o coração chorava e sorria

as palavras de Swaminho (o meu Amado)
são doces e tenras
são palavras divinas
são sementes da Vida dentro de mim
germinam em mim como flores fragrantes
que vou repartir com todos os seres

domingo, 15 de maio de 2011

EU

quem foi mesmo que nasceu
no dia 15: este dia?
os meus futuros desejos
minha personalidade
o ego de eraldo vinha
mas o que eu sou de verdade
em verdade não nascia

o que eu sou não principia
assim como não definha
sou o espírito da vida
sem dimensões nem limites

o meu ego é que me ilude
aprisionando-me aos dias
faz-me supor que começo
e que (algum dia) termino
julgando-me prisioneiro
e é isso que me angustia
se essa impressão predomina

quem foi mesmo que nasceu
no dia 15: este dia?
foi uma forma tangível
que assim como veio finda
não sou a forma tangível
que começa e que definha

eu sou a luz das estrelas
sou luz eterna luzindo
eterna brisa soprando
sou sopro da eterna brisa
sou beleza do sem-forma
beleza que não termina
sou aquém e além dos dias

eu sou centelha divina


sexta-feira, 13 de maio de 2011

O RIO

o som do rio que corre
que corre contínuo e sem pressa
por meu ouvido esquerdo
é mesmo uma dádiva de Deus

um rio abstrato
sem peixes
sem água
sem seixos
um rio que é som
somente som esse rio
que corre contínuo e sem pressa
por meu ouvido esquerdo
(uma pequena dádiva de Deus)

quando durmo ele cessa
(pra onde se foi?)
em vigília ele flui
o som do rio flui
mansa e suavemente flui
(às vezes áspero)
um rio só som
fluindo sem cessar
por meu ouvido esquerdo

de onde procede o rio?
pra que oceano ele vai?
seu som flui
(só não flui quando durmo)
nos momentos de júbilo
nos momentos de dor

ele ali sempre está
imperturbável sereno ininterrupto
(às vezes áspero)
os outros sons passam
o som do rio não

eu amo o som desse rio
(eu amo todas as dádivas de Deus)
eu amo o meu irmão rio
que corre manso som
por meu ouvido esquerdo

REVELAÇÃO

há momentos em que o ego se agita
excita-se infla-se e vocifera soberbo
há momentos em que o ego me cega
e cego eu me vejo ego e somente ego

nesses momentos me surgem
as doces palavras de Jesus:
"quer ser meu discípulo
aprender de Mim (que sou manso
e humilde de coração)
de Mim que sou caminho e vida?
renuncie a si mesmo"

o ego então se cala envergonhado
uma luz tênue mas clara
(muito muito clara)
revela-me que o ego me engana

aí eu me prostro diante de Deus
e saio pelo mundo a servir meus irmãos

terça-feira, 10 de maio de 2011

O MOÇO DAS DORES

é uma onda de ternura inexplicável
(por que haveríamos de explicar a ternura?)
uma onda de ternura e compaixão
uma onda amorosa (e esse amor é Deus)
agitando-me a alma
aquecendo-a de Deus
quando penso no moço das dores
o moço que explodiu em violência
e morte e horror e em lágrimas e em luto
o moço em que as sementes de ira
se fizeram fruto espalhando a tristeza

essa onda me leva a interceder por ele
a rezar por ele
a colocá-lo no coração de Deus
porque percebo que ele e eu somos um
que ele e eu e todos somos um

são nossos egos que nos desencaminham


domingo, 1 de maio de 2011

A AMADA VOLTANDO

o relógio me informa no meu pulso
ele me informa que são nove e um quarto
a espera vai fluir em quase duas
horas que hão de passar
que hão de passar ligeiras

muno-me de papel e de caneta
e do desejo de dizer que te amo
desejo de abraçar-te e de abraçar-te
e de abraçar-te (amada)
perder-me nesse abraço
para encontrar-me em ti (ó doce amada)

enquanto vens a mim por entre nuvens
eu cá na terra viajo pelo tempo
chego ali ao começo
ao dia em que me fiz teu namorado
e então me fiz feliz
como me sinto agora à tua espera

eu sorrindo percebo
diante do amor (amada) o tempo é nada
o amor nos eterniza (invade a alma
que só no amor se expande)

e eu contente sorrio
sorrio agora como no princípio
feliz sorrio por amar-te (amada)

eu vejo nesse amor a essência eterna
sorrio então feliz
por isso eu vim correndo à tua espera

Aeroporto do Galeão, 30 de abril de 2011