segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NÃO HÁ VOZES

não há vozes nem sussurros
os sons se esconderam
há só a presença do silêncio
a presença do silêncio que é sendo
a suavidade da vida

não há ruídos não há cânticos
nem resmungos nem risos
há só a sólida presença
de um silêncio denso e espesso
que me acaricia e me acolhe
em seu seio

eis-me no seio do silêncio
sentindo o ser que singra o silêncio
e atende pelo nome de Deus

no silêncio habitado por Ele
a alma em mim está quieta
e se oferece à delícia da vida
e por isso se alegra

Nazaré Uniluz, 27 /08 /2010

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