abro a cortina: o encontro do concreto
interditando espaços que antes via
de início a sensação de que estou preso
emparedado encarcerado alheio
aos espaços que havia (uma surpresa)
a paisagem de outrora agora cinza
áspera dura tão sem cores fria
dá-me de início a sólida certeza
de que a prisão é mesmo o meu destino
o destino da humana criatura
do humano coração que todo aflito
acorda a cada dia na procura
de que não haja mais prisões no mundo
de início a sensação quase de angústia
mas súbito a visão vara o concreto
vê para além das formas que a encarceram
no concreto vê Deus e ama o concreto
vê Deus nesse concreto e se extasia
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