a folha branca instiga-me à poesia
em meio à dor que em mim se faz presença
dor que me surge suavemente e intensa
pungindo-me a alma no correr do dia
a dor da perda quase me angustia
quase me joga à beira da descrença
entre a fé e a não-fé há desavença
a folha branca então me desafia
quero exprimir a dor que em mim se instala
(pra consolar-me dessa mesma dor
quero abraçá-la inteira : quero amá-la)
na dor encontro o vulto do Senhor
que aceita a dor (não chora) só se cala
e explode em raios de infinito Amor
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