sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

(NÃO) DUALISMO

como se ama o Sem Nome
O que não tem rosto
O que não tem olhos de ver-me?

além do além o Sem Nome
permanece impassível e só Ele é

de quando em vez o Sem Nome vem
vem num rosto que tem olhos de ver-me

então Ele me ama
me chamando de filho
eu o chamo de Mãe

entre mim e o Sem Nome
vai-se tecendo o amor
que me faz ver tudo que há
com os olhos d'Ele

isso me basta: o amor
isso me alegra: o amor
acho mesmo que o Sem Nome é amor
mas gosto muito de chamá-Lo de Mãe

2 comentários:

  1. "Chamá-Lo de Mãe" me parece perfeito. Sábias palavras, Professor!!!

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  2. Minha amada pupila, que alegria imensa em saber que você passeou pela minha poesia e se deteve naquela em que o Inominável vira Mãe. Assim vejo Deus, sempre como Mãe. Paz e Bem!

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