há um Deus sisudo espreitando as criaturas
para punir as criaturas
um Deus que se deleita em punir as criaturas
um Deus carrancudo e de mal com a vida
de quem eu tinha medo
então O bajulava
rezando pai-nossos e ave-marias
no fundo eu não gostava desse Deus
depois há um Deus risonho
um Deus que brinca
um Deus que voa como os passarinhos
agita as ondas do mar
baila na brisa fresca da tarde
acende a luz das estrelinhas do céu
dança ao compasso dos astros que giram
e se esparrama dentro de mim
eu tenho compaixão desse Deus sisudo
porque Ele passa a eternidade todo tristinho
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