segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ÁRVORES

olhai amados meus para as árvores livres
de toda ânsia e inquietação
vede amados as árvores serenas
em cujos galhos pássaros se abrigam

as árvores vivem
elas fixas na terra não se afligem
e se nutrem tranquilas
há quem as nutra e ensine
o caminho às raízes
há quem as oriente para os frutos
que delas nascem

e nós amados meus há quem nos veja?
por que me aflijo quando não me decifro?
por que me angustio
se há quem me assista?

olhai amados o silêncio das árvores que não se decifram
olhai para a sua alegria
de estar vivas

          Mendes, 29 de setembro de 2012

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