sábado, 3 de setembro de 2011

CERTEZA

havia o medo de morrer
o medo de acabar pra sempre
o medo de mergulhar num escuro sem fim
o medo de estar pra sempre no tempo

havia a dor de estar vivo
a dor de frustrar-me de instante a instante
a dor das perdas sucessivas
a dor de estar no mundo (esse vale de lágrimas)


havia a esperança de que houvesse um céu
a esperança dos anjos e dos santos louvando
a esperança de uma vida sem medo
a esperança de uma vida sem dor

não há mais medo e dor
nem tampouco esperança
só há a certeza de que Deus mora aqui
mora ali mora alhures
mora nos meus olhos
e eu sou imagem d'Ele

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